Existem histórias que são
realmente marcantes, que nos levam a fazer uma auto-análise, nos perguntar se
como cristãos estamos fazendo as coisas de maneira correta, se não estamos
acomodados em nosso mundo esperando que algo aconteça. As memórias de Charles
Finney nos traz este tipo de narrativa, estas foram ditadas pelo próprio a um
ex-aluno. Trata-se basicamente de como se deram os avivamentos ocorridos nas
cidades onde Charles Finney atuou, ele cita o mínimo possível sua vida pessoal,
em nenhum momento cita o nome de suas esposas ou de seus filhos, se restringe
ao que em seu olhar é necessário, como no caso da morte de sua primeira esposa
e o conforto dado a ele pelo Espírito Santo nessa ocasião, sua preocupação por
estar distante muito tempo de sua família ou o ministério de sua segunda esposa
no meio das mulheres.
O relato destes acontecimentos
são extraordinários, alguns marcam, outros nos identificamos com, eles são
recheados de testemunhos de pessoas que experimentam a conversão e como Finney
trabalha para alcançar as vidas, é um exemplo perfeito de como uma vida
realmente dedicada a Deus pode marcar uma época.
No verso do livro tem uma frase
citada por Billy Graham: ”Ninguém pode ler estas páginas e não se sentir
desafiado pela paixão de Finney pelo evangelismo...”, e realmente é
impressionante sua paixão e ousadia, um homem que marcou seu tempo, levou
muitos a Cristo em um tempo que o principal meio de comunicação era o jornal e
o de transporte era o cavalo, passou por uma crise financeira onde os
principais financiadores de seu ministério faliram, perdeu a esposa vítima de
tuberculose, lutou a favor da abolição da escravatura e ainda pregava de
improviso (um alerta de um professor de teologia da época: “não tente fazer
isso, você não é o Finney”). Uma história que nos desafia a fazer mais,
mostrando que é possível fazer mais.
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