segunda-feira, 18 de março de 2013

Cantinho literário com Allan Jhonny


      Eu lembro quando eu ainda estava no ensino fundamental e até mesmo no ensino médio, na aula de apresentação dos professores, sempre os meus professores de história faziam uma linha no quadro marcando uma sequência de acontecimentos históricos e perguntava para a classe: Por que estudar história?           E então, silêncio total, e depois de alguns palpites e gracejos por parte dos alunos, geralmente ele dava dois motivos para estudar história:
1) Entendermos melhor o que acontece no presente;
2) Não cometer os mesmos erros do passado;
      O livro História da Teologia do Bengt Hägglund não é daqueles que lemos antes de dormir (apesar de que se tiver com insônia ele ajuda), é um livro denso, por muitas vezes técnico e de certa forma requer um conhecimento prévio de certos assuntos, não aprofundado, mas um mínimo de “noção”. Aí então você pergunta, porque eu leria este livro? Então eu diria o mesmo que meu professor de história: para você entender melhor o pensamento da sua geração, o porquê de certas ideias estarem vigorando atualmente, para não cometer os mesmos erros do passado, provavelmente as ideias que você esta tendo alguém já teve no passado, e o pior, essa pessoa talvez tenha dado com a cara na parede. Deve ser por isso que toda pesquisa científica começa com uma pesquisa bibliográfica.
      Se mesmo assim não se interessou, imagine a história de um homem que marcou sua época, deixou discípulos que levaram a sua palavra aonde puderam, sofreram perseguições, porém conseguiram estabelecer suas crenças, crenças estas que passaram a ser defendidas pelas gerações posteriores, defendidas de filosofias erradas, de visões erradas e em determinado momento precisou ser defendida daqueles próprios que a deveriam defender. História muitíssimo interessante, envolve reis, guerras, morte, política, filosofia, e no final você descobre que essa história tem muito a ver com a sua, vale muito a pena ler.
      Neste livro o autor faz um apanhado geral da história da teologia, começa com os pais apostólicos, depois os apologistas, passa pela Teologia Alexandrina, os concílios, Agostinho, Idade Média, Escolástica, Reforma Protestante, Lutero, Calvino, Zwínglio, Contra-reforma, Iluminismo, Teologia Liberal, correntes teológicas do inicio do século XX etc. Eu recomendo!


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Cantinho literário com Allan Jhonny



Eu acredito que para se entender melhor o pensamento de um autor, suas propostas, é de fundamental importância conhecer um pouco de sua vida, sua formação, onde estudou, pessoas que o influenciaram, qual era o pensamento que caracterizava o seu tempo e se possível, alguns detalhes de sua vida pessoal.

Lógico que não estou falando acerca de uma biografia não autorizada com suposições impossíveis de serem provadas ou refutadas que todos gostam de ler, estou falando sobre conhecer o autor de modo que se possa inferir o porquê de determinada afirmação ou o porquê de ele trabalhar determinado tema, e o livro do David Downing, “C.S. Lewis, o mais relutante dos convertidos” faz justamente isso, ele não se prende em detalhes da vida pessoal de Lewis, mas se prende no desenvolvimento intelectual, na jornada que ele faz do cristianismo na infância, ateísmo, teísmo e então cristianismo novamente. A visão de Downing sobre a vida de Lewis é impressionante e marcante.

O autor conseguiu a partir de uma intensa e exaustiva pesquisa, fazer uma construção da caminhada intelectual de C.S. Lewis bem coerente, dando ênfase em momentos de sua vida ou curiosidades que seriam relevantes ao objetivo do livro, é uma obra excepcional.


sábado, 16 de fevereiro de 2013

MINISTÉRIO DE JUVENTUDE E ARTES


            Quando penso em Ministério Cristão, imagino Deus confiando responsabilidades importantíssimas a corações simples, sinceros e dispostos a oferecerem o seu melhor. Como todo ministério é cheio de desafios, o Ministério de Jovens não é diferente. Juventude lembra inovação, empenho e carência de novidades. Vivemos uma realidade, onde a maioria das igrejas disponibiliza pouco suporte teórico e material para trabalhar com a arte no ministério jovem, assim como outros descasos com a cultura. Nada que não possa ser mudado, não possa ser conquistado com esforço, afinal, os seus desígnios são mais importantes que as circunstâncias. Fico feliz quando percebo algumas linguagens artísticas sendo utilizadas, no entanto, poderia ser ainda mais, a arte nos oferece um leque de possibilidades que devem ser exploradas. As vertentes artísticas podem se tornar ferramentas fundamentais para difundir o evangelho de Jesus. O cristão não pode ser inerte, embora trabalhar com situações novas crie certo estranhamento e desconforto, crescer é preciso! Pensar dói eu sei, mas pense e inove as estratégias.
            Invista no jovem que se identifica com a arte, assim novos líderes surgirão na área cultural. Pesquise arte e a coloque em prática com excelência, caminhe com excelência, use toda sua capacidade e seja um formador de opiniões, você não esta condicionado a ser limitado. O Ministério de Juventude precisa movimentar-se, agarrar ferramentas que sejam interessantes o suficiente a ponto de conduzir vidas a renderem-se a Jesus. Tome consciência do que você é, do que você quer e faça missão com qualidade. O poder que lhe foi confiado enquanto ministro merece ser valorizado, então fuja da zona de conforto, Deus conta com você. Veja bem, a arte contemporânea nem de longe é a preferida da grande massa, porque normalmente traz uma proposta reflexiva e não necessariamente bela. Se sentir desconstruído e detestar um trabalho contemporâneo, é normal. O problema é: se não é belo não seduz tanto nossos olhos, em uma sociedade onde somos bombardeados por imagens todos os dias, muito menos. Contudo os passos desta arte têm como objetivo maior a reflexão, não deixa de ser divertida.
            Dentro da arte contemporânea temos a instalação, esta manifestação normalmente composta por elementos orgânicos, abrange possibilidades de despertar a atenção do público com objetos e/ou provocar sensações de frio, calor, aromas, som e etc. Imaginou como poderia ser uma instalação que lembre Jesus? O aroma seria de rosas ou de vinho? O encontro com seus jovens poderia ter pistas que lembrassem nosso amado mestre, a sua instalação poderia ser montada no centro da cidade ou em qualquer outro lugar que despertasse a atenção alheia. Performance também é uma manifestação atual onde o individuo pode combinar teatro, música, poesia ou vídeo, com ou sem platéia, depende de registros para se tornar conhecida do público. Conduza seu público à reflexão, crie! Inspire-se e respingue Jesus em quem for possível, então alcançaremos coisas impossíveis.


Tamiris Torquato
Acadêmica de Artes Visuais
Atua junto à liderança da juventude da AD em Içara - SC

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Cantinho literário com Allan Jhonny



          Existem histórias que são realmente marcantes, que nos levam a fazer uma auto-análise, nos perguntar se como cristãos estamos fazendo as coisas de maneira correta, se não estamos acomodados em nosso mundo esperando que algo aconteça. As memórias de Charles Finney nos traz este tipo de narrativa, estas foram ditadas pelo próprio a um ex-aluno. Trata-se basicamente de como se deram os avivamentos ocorridos nas cidades onde Charles Finney atuou, ele cita o mínimo possível sua vida pessoal, em nenhum momento cita o nome de suas esposas ou de seus filhos, se restringe ao que em seu olhar é necessário, como no caso da morte de sua primeira esposa e o conforto dado a ele pelo Espírito Santo nessa ocasião, sua preocupação por estar distante muito tempo de sua família ou o ministério de sua segunda esposa no meio das mulheres.
          O relato destes acontecimentos são extraordinários, alguns marcam, outros nos identificamos com, eles são recheados de testemunhos de pessoas que experimentam a conversão e como Finney trabalha para alcançar as vidas, é um exemplo perfeito de como uma vida realmente dedicada a Deus pode marcar uma época.
          No verso do livro tem uma frase citada por Billy Graham: ”Ninguém pode ler estas páginas e não se sentir desafiado pela paixão de Finney pelo evangelismo...”, e realmente é impressionante sua paixão e ousadia, um homem que marcou seu tempo, levou muitos a Cristo em um tempo que o principal meio de comunicação era o jornal e o de transporte era o cavalo, passou por uma crise financeira onde os principais financiadores de seu ministério faliram, perdeu a esposa vítima de tuberculose, lutou a favor da abolição da escravatura e ainda pregava de improviso (um alerta de um professor de teologia da época: “não tente fazer isso, você não é o Finney”). Uma história que nos desafia a fazer mais, mostrando que é possível fazer mais.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Primavera: tempo de "Flores"


Soa redundante falar que primavera é tempo das flores, mas nesta feita aproveitamos a primavera para falar em "flores" sob uma perspectiva diferenciada. Nesta publicação apresentamos uma reportagem feita pelo MEC com Martin Flores, um portenho que é pastor de jovens, atuante na Sociedade Bíblica Internacional na Argentina, manager de uma banda, e outras coisas mais; e que pela primeira vez concede uma entrevista ao público brasileiro.

Quem é Martin Flores?
Sou uma pessoa que tem paixão pelo que faz, em todas as áreas da minha vida.
Sou pai de família, esposo e pastor de jovens em minha igreja.

Música.
Qual sua participação com a música?

A música me acompanha desde sempre, toco saxo e há quase dez anos sou manager de uma banda de rock com bases cristãs chamada KYOSKO.

Como você vê a ideia de música como expressão cultural de uma geração?
Creio que a música, e ainda mais o rock, é uma expressão cultural tremenda como ferramenta de mudança. Se for utilizada para mostrar a Deus, essa ferramenta tem um bom significado.

O que você pensa da música cristã na América latina?
Primeiro o que tenho a dizer-lhe, é que a música, em si mesma não existe como cristã, o que a caracteriza como cristã é: o seu conteúdo poético, as letras. Na realidade não escuto muita música em espanhol, mas muito mais a música em Inglês.
Sinto que estamos dando pouco na música e, talvez, e isso me desencoraja, mas sempre incentivo os jovens a ser um agente de mudança e que possam deixar suas marcas na história.

Conheces alguma coisa da música brasileira?
Na verdade conheço bem pouco, apenas algo de Aline Barros, mas praticamente nada de rock brasileiro... perdão... (risos)

Bíblia.
Como você vê o envolvimento dos jovens em projetos relacionados ao estudo da Bíblia?

Tudo que tenha a ver com motivar os jovens a ler a Bíblia, me parece muito válido e creio que não falta muito para chegar à época de nosso pais, que o estudar a Bíblia era algo natural.

Quais projetos hoje que trabalham Bíblia para os jovens que te parecem bons?
Creio que a Bíblia G3, do Editorial Vida, é uma das mais contextualizada para o estudo e leitura bíblica, mas fora esta, não há muitas outras obras que sirvam como motivadores para a preparação e leitura da Bíblia dos jovens.

Como envolver os jovens nos estudos da palavra de Deus?
Hoje as dinâmicas são essenciais para fazer que os jovens se envolvam nos estudos da palavra de Deus. As convenções de especialidades juvenis é outra ferramenta para utilizar, mas eles são poucos e limitados em alguns países.

Filme.
Agora também você é um cineasta? Falemos do seu projeto.

(Risos) não é para tanto. O que eu fiz é montar um roteiro com um amigo de uma história que tinha em minha mente e no coração há alguns anos atrás. Pude torná-lo um script e tendo feito isso, agora precisamos encontrar recursos financeiros para a produção. A seguir, lhes apresento uma sinopse para que entendam a obra.

SINOPSE
O chefe do canal de TV de notícias é demitido por divulgar informações confidenciais a outras agências.
Em dez dias, se decidirá quem dos dois candidatos ocupará o cargo vago, dois dos principais jornalistas do programa do canal de notícias, Valeria, cristã desde a infância, com pouca espiritualidade, cuidadosamente ordenada, querendo desesperadamente subir na hierarquia e David ateu convencido de sua posição, confuso, cheio de dívidas bancárias e no vermelho.
David, para analisar as suas chances lança a Valeria uma aposta para decidir quem vai ficar com o posto de chefe: propõe que dentro de dez dias, ela deve mostrar a ele de forma visível e palpável de que Deus existe e, David, igualmente, que Deus não existe. A partir deste momento, inicia-se a contagem decrescente.

Como você vê o filme - como uma ferramenta de expressão cristã?
Claro, a ideia é fazer filmes com valores cristãos, mas não religiosos. A ideia é que o não cristão possa ver o filme sem o preconceito e que o filme seja um elemento que o desperte a ter esses valores cristãos.

Qual é o maior desafio para que se faça um filme cristão?

Ter boas ideias e pedir a Deus a sabedoria para que possamos ser bons canais por meio dois quais cheguem a essas ideias ao público.

Deixe uma palavra para os meninos da igreja brasileira.
Que busquem a Deus em primeiro lugar e o resto será mais fácil. Que possam ver a Jesus nas pessoas e isso servirá para poder servir nas necessidades que elas têm.
E lembrar sempre que não fomos chamados para o sucesso, mas fomos chamados a ser fiéis.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Criatividade e voz



        Quando olhamos a natureza em nossa volta, e toda a sua complexa maneira de funcionar, todos em seus lugares, como uma orquestra, onde cada um exerce um papel fundamental para manter um equilíbrio em um harmonioso compasso divino. 
        Só de imaginar que alguém teve a capacidade de fazer com que tudo isso funcione já é motivo para nos sentirmos privilegiados em poder ver, sentir e viver tudo isso. Mas Deus foi tão CRIATIVO, que fez o homem, o ser com a maior capacidade da terra, ou seja, Ele nos fez seres criativos a sua imagem e semelhança.
        É uma pena, pois muitos não utilizam desses atributos criativos de Deus para fazer o bem, para produzir mudança nas vidas das pessoas e ser um instrumento com a sua VOZ.  
        O livre arbítrio é uma das melhores coisas que Deus condicionou ao homem, pois Deus com isso, deu a liberdade para sermos livres e fazer nossa própria arte e nossa história. 
        Falando um pouco da minha arte, ou seja, CRIATIVIDADE E VOZ, temos vários exemplos de grupos e pessoas que desenvolveram e desenvolvem a arte de usar a voz como instrumento. 
        Segue uma pequena lista de links desses criativos, onde estou entre eles, fazendo imitação de instrumentos musicais com a boca. 
        Sempre temos muito que aprender, pois nascemos para aprender, e sempre teremos referencias maiores e melhores que nos, isso nos mantêm sempre na posição de aprender, com os homens e principalmente com o grande CRIADOR.
        Criatividade não se limita a uma religião, classe social ou raça. Ela é a junção do conhecimento com a capacidade de fazer o novo, ou de reinventar o que já existe. Se utilizada bem, ela pode mudar a vida de um povo e de uma geração inteira.


Escrito por Josué Bitencourt